Google modifica aviso sobre modo incógnito para esclarecer que ainda pode te rastrear (via Wired)

Na esteira de um acordo em um processo coletivo nos EUA, o Google está modificando o aviso que aparece quando um usuário abre o modo "incógnito" para informar que ainda pode te rastrear mesmo no modo que deveria "privado". Em nossos testes, já podemos ver novo aviso em inglês, português, espanhol e francês.

Em nossa opinião a mudança é ineficaz, pois a mudança é muito sutil, a redação é um tanto inócua, e o aviso é demasiado discreto. E como é bem sabido, dificilmente as pessoas leêm avisos legais e de segurança longos na interne. Especialmente em situações móveis. Em situações assim, deveria ser algo similar ao que o www.ooni.org faz: colocando cartões com textos curtos e destacados para garantir que o usuário entende as implicações de segurança.

Nossa recomendação para quem quer navegar na internet de forma mais privada (e até mais rápida em vários casos) é utilizar o navegador Firefox, que tem boas configurações padrões de privacidade. Depois, "graduar" para também uma utilizar extensão de bloqueio de scripts, cookies e anúncios como Ghostery ou Privacy Badger. Além de passar a ser menos "perseguido" por anúncios, suas visitas a sites ficarão bem mais rápida. Ou se tiver com a ousadia em alta, utilizar o Brave.

O artigo da Wired que serviu de fonte para nós, traz mais detalhes e uma discussão mais extensa sobre o caso. Em inglês.

"The litigation in US District Court for the Northern District of California began in June 2020. On December 26, 2023, Google and the plaintiffs announced that they reached a settlement that they planned to present to the court for approval within 60 days. A jury trial was previously scheduled to begin on February 5.

[...] Google could have disclosed on this Incognito Screen that Google would track users and collect their data while they were browsing privately, but Google did not do that. Instead, Google included representations meant to assure users that they had ‘gone incognito’ and could ‘browse privately’ with only limited exceptions, none of which disclosed Google's own tracking and data collection practices while users were in a private browsing mode.""


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