Essa não é apenas a minha opinião. Vários pesquisadores, ativistas e organizações da sociedade civil pensam assim. O corpo de pesquisa que respalda essa afirmação está crescendo [1], mas é suficiente apenas prestar atenção aos seus princípios básicos de funcionamento[2] e linguagem - segmentação, rastreamento, (não) privacidade - e a história deste tipo de tecnologia para ver essa conexão, como mostrado pelo artigo da Electronic Frontier Foundation (EFF), "How Ad Tech Became Cop Spy Tech".
"Se uma empresa quer anunciar algo para você na internet, primeiro ela precisa saber quem você é e o que você gosta de comprar. Existem muitas abordagens diferentes para coletar esses dados, mas todas geralmente têm um objetivo em comum: ligar sua identidade com os dados gerados por seus dispositivos. [...]
Uma indústria multibilionária de corretores de dados de publicidade vende dados confidenciais coletados de telefones de pessoas para uma ampla gama de clientes, incluindo militares dos EUA, agências federais de aplicação da lei e, como a EFF mostrou, autoridades estaduais e locais. Isso é especialmente problemático porque muitas agências de aplicação da lei argumentaram, erroneamente, que não precisam de um mandado para comprar dados de localização de pessoas de corretores de dados." (tradução livre do original em inglês)
[1]: veja esta busca por trabalhos acadêmicos (em inglês) sobre danos à publicidade direcionada https://search.celsobessa.com.br/search?q=behavioral%20advertising%20harms&language=en-US&time_range=None&safesearch=0&categories=general [2]: veja "What is Web Tracking and how can I browser safely", em inglês: https://www.ghostery.com/blog/what-is-web-tracking-how-can-i-browse-safely